A trajetória de aumento do emprego formal no mercado de trabalho brasileiro vem se mantendo em níveis recordes. Nos primeiros cinco meses deste ano, o país criou mais de 1 milhão de vagas com carteira assinada, um desempenho histórico para o período. O dado preliminar foi divulgado nesta segunda-feira (09/06) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em Genebra, na Suíça, onde participa da 97ª Conferência Internacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No ano passado, de janeiro a maio foram abertas 913.836 vagas formais.
;Esse é um número recorde. Teremos, até o fim do ano, o desemprego sendo reduzido para uma taxa de 8%;, afirmou o ministro, referindo-se ao desemprego medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país. Em abril, o índice foi de 8,5%.
Lupi voltou a sustentar sua estimativa de 1,8 milhão de empregos formais a serem criados este ano. ;Em 2007, tivemos 1,6 milhão. Neste ano, vamos superar a marca;, prometeu. Durante seu discurso, o ministro ressaltou que entre 2003 e 2007 foram abertas 8 milhões de vagas com carteira assinada no país. As estatísticas são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Para ultrapassar a barreira de 1 milhão de empregos em cinco meses, o país precisa ter criado pouco mais de 151 mil vagas em maio ; o dado consolidado só será divulgado no dia 19. Isso porque, até abril, o saldo do Caged estava positivo em 848.962 postos com carteira. Em maio de 2007, por exemplo, foram abertas 212.217 vagas formais em todo o país. Até abril, o saldo era 21% superior ao acumulado no primeiro quadrimestre do ano passado.
Indústria
Nesta segunda-feira, o IBGE divulgou os indicadores do emprego na indústria. Em abril, o total de vagas no setor cresceu 2,6%, na comparação com o mesmo mês de 2007. O desempenho foi puxado pelos segmentos de máquinas e equipamentos ( 11,2%), aparelhos eletrônicos ( 11,3%) e meios de transporte. Nos quatro primeiros meses , a alta acumulada em toda a indústria é de 3%. Na comparação com março, houve leve recuo de 0,2%, considerado pelo IBGE como ;estabilidade;.