A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) amargou o seu quinto pregão de perdas somente neste mês, acumulando baixa de 4,56% em junho. As ações da Vale e da Petrobras, que somadas corresponderam a mais de R$ 1 bilhão em negócios, puxaram a derrocada desta segunda-feira.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, cedeu 0,72%, para os 69.281 pontos no fechamento. O giro financeiro foi de R$ 5,03 bilhões.
A ação preferencial da Vale caiu 1,74%, para R$ 50,70; a ação preferencial da Petrobras sofreu baixa de 0,23%, para R$ 47,48. O dólar comercial foi trocado por R$ 1,627 na venda, em declínio de 0,42%. A taxa de risco-país atinge 189 pontos, número 1,04% inferior à pontuação da semana passada.
Inflação
Entre as principais notícias do dia, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu para 1,88% em maio, contra 1,12% em abril. A taxa veio bem acima das expectativas do mercado, que projetava alta de 1,7%.
O contingente de trabalhadores na indústria recuou 0,2% em abril, na comparação com o mês anterior, após variação positiva de 0,1% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IDGE).
O relatório Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a expectativa para a inflação deste ano subiu pela 11ª semana consecutiva: o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) projetado passou de 5,48% para 5,55%. As projeções para a taxa Selic também foram alteradas: a maioria dos analistas já conta com uma taxa de 14% no final deste ano, ante a previsão anterior de 13,75%.
Empresas aéreas
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que o volume de passageiros transportados em vôos domésticos teve um crescimento de 16,6% no mês de maio na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A TAM perdeu mercado (de 49,51% para 49,28%), assim como a Gol (de 40,93% para 37,27%). A ação preferencial da Gol despencou 3,04%, para R$ 22,30, enquanto o papel da TAM retrocedeu 0,62%, para R$ 31,90.