O Conselho Nacional de Chancelaria (Conac) confirmou para esta terça-feira (10/06) a paralisação de 24 horas de oficiais e assistentes de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores. Eles reivindicam aumento salarial diferenciado por categoria e vão realizar a primeira greve de servidores da história do Itamaraty.
Com a paralisação, deverão ser prejudicados os serviços prestados no Brasil e nos países onde o movimento for seguido, principalmente na área de expedição de passaportes, vistos, autorizações, comunicações, assistência a brasileiros e outros atos.
Até o final da manhã desta segunda (9/06), haviam confirmado sua adesão ao Conac as representações brasileiras em Argel, na Argélia; Atenas, Grécia; Nova York, São Francisco, Atlanta, Chicago e Houston, nos Estados Unidos; Berlim, na Alemanha; Berna e Zurique, na Suíça; Camberra, na Austrália; Londres, na Inglaterra; Madri, na Espanha; Montreal, no Canadá; Nagoya e Tóquio, no Japão; Nova Delhi, na Índia; Paris, na França; Pequim e Taipé, na China; Windhoek, na Namíbia, e Zagreb, na Croácia.
Os servidores se queixam de que foram surpreendidos recentemente com a oferta de reajuste linear, pelo Ministério das Relações Exteriores, para todas as carreiras, em desrespeito a promessas feitas no final do ano passado.
Segundo os oficiais e assistentes de chancelaria, na ocasião, foi prometida a recomposição das remunerações baseada numa tabela para cada categoria, o que "correspondia aos anseios dos servidores", de acordo com a entidade. De acordo com os funcionários, a tabela já teria sido inclusive aprovada pelo secretário-geral do ministério, Samuel Pinheiro Guimarães.