O preço do petróleo recua nesta segunda-feira (09/06), depois de ter cravado dois recordes na semana passada, refletindo os comentários do governo israelense sobre o programa nuclear do Irã e com a previsão do banco de investimentos Morgan Stanley de que o preço da commodity pode chegar a US$ 150 em julho.
Às 10h37 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em julho, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 130,65 (baixa de 2,09%). Até o horário, o preço máximo do barril era de US$ 138,25 e o mínimo, de US$ 135,21.
Na sexta-feira (06/06), o barril cravou dois novos recordes - durante as negociações, o preço chegou a US$ 139,01, maior da história da negociação da commodity em Nova York; no fechamento, o barril ficou em US$ 138,54, alta de US$ 10,71, ou 8,41% - a maior alta para uma única sessão.
"Devemos ver algum recuo e um período fraco de altas e baixas", disse o analista Victor Shum, da Purvin & Gertz em Cingapura. "Não vamos ver uma redução substancial na demanda (...) As preocupações sobre a oferta vão continuar a pressionar as cotações."
Também na semana passada, o presidente do BCE (Banco Central Europeu) disse que a inflação para 2008 na zona do euro deve ficar entre 3,2% e 3,6%, frente aos 2,6% e 3,2% previstos em março. Além disso, o banco revisou para baixo as taxas de crescimento para 2009; ambos os movimentos seriam reações à alta dos preços do petróleo e dos alimentos. Ele disse ainda que os juros do banco podem subir em setembro, para controlar a inflação.