As três grandes montadoras de automóveis dos Estados Unidos - General Motors, Ford e Chrysler - conseguiram alcançar suas concorrentes asiáticas em produtividade, revela um estudo publicado nesta quinta-feira (05/06). O consultor Ron Harbour, autor do estudo, destacou que as três grandes montadoras americanas teriam desaparecido, provavelmente, se não tivessem realizado importantes avanços na produtividade.
"Empregam (agora) em média um terço a menos de operários para fabricar o mesmo número de carros do que em 1990", afirma Harbour.
Nos últimos sete anos, a Chrysler reduziu em cerca de 14 horas o tempo médio de fabricação de um carro, para 30,37 horas, o que a deixa ao lado da Toyota como a montadora mais produtiva dos Estados Unidos. A Honda vem logo em seguida, com 31,33 horas por veículo, seguida por GM (32,29h), Nissan (32,96h), Ford (33,88h) e Hyundai (35,1 h).
"Graças a procedimentos mais coerentes e eficazes (...) as três grandes quase eliminaram em 2007 seu déficit de produtividade em relação às concorrentes japonesas", apesar do declínio na produção e em certos segmentos do mercado, destacou Ron Harbour.
"Ampliar a produtividade quando a produção diminui é um desafio, especialmente sob a pressão da alta dos preços dos combustíveis".
"Os novos acordos coletivos fechados por GM, Ford e Chrysler com os sindicatos (...) vão reduzir ainda mais a diferença do custo da mão-de-obra entre as montadoras de Detroit e suas concorrentes nos próximos três anos", previu o consultor.