Pela terceira vez consecutiva, os aumentos recentes nos preços dos alimentos puxaram para cima a inflação sentida pelos consumidores de baixa renda. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos mensais (R$ 415,00 a R$ 1.037,50), e que subiu 1,38% em maio, ante taxa de 0,97% em abril.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que anunciou nesta quinta-feira (05/06) o índice, uma das maiores contribuições para esse resultado partiu da aceleração de preços do grupo Alimentação (de 1,94% para 2,85%) na passagem de abril para maio.
No ano até maio, o IPC-C1 acumula taxa de 4,62%. Nos últimos 12 meses, a variação atinge 8,24%. Já o IPC-BR, que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos (R$ 415,00 a R$ 13.695,00) registrou, até maio, taxas de 3,05% no ano e 5,59% nos 12 últimos meses.
Grupos
A instituição esclareceu, em comunicado, que das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do índice, três apresentaram aceleração de preços, de abril para maio. Além de Alimentação, é o caso de Habitação (de 0,13% para 0,37%); e de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,96% para 1,28%).
Outros três grupos registraram desaceleração ou queda de preços, no período. É o caso de Vestuário (de 1,08% para 0,76%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,43% para -0,48%); e Despesas Diversas (de 0,34% para 0%). Já o grupo restante, Transportes, permaneceu com nível estável de preços, no período.