O mercado de juros futuros iniciou o dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob o efeito do mau humor externo, e de notícias negativas sobre a inflação doméstica. Não são fatores que devam influenciar diretamente a decisão sobre o rumo da taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira (04/06). E, assim, o ajuste das taxas dos contratos de depósitos interfinanceiros (DI) é modesto. Mas os investidores podem aproveitar o noticiário negativo para fazer apostas de última hora, colocando algumas fichas no cenário alternativo, que é o aumento de 0,75 ponto da Selic.
Após abertura do pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM), às 10h07, o DI com vencimento em janeiro de 2010 projetava taxa de 14,21% ao ano, de 14,18% ao ano ontem; o DI de janeiro de 2009 estava estável a 13,10% ao ano, enquanto o DI de julho deste ano tinha taxa de 12,11% ao ano, de 12,085% ao ano ontem.
O resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), no teto das estimativas do mercado, pode servir de argumento para ajustes nas posições de curto prazo. O indicador subiu 1,23% em maio, mais do que o dobro da variação em abril, de 0,54%. O IPC da Fipe, por refletir a inflação somente na cidade de São Paulo, não tem grande influência sobre as decisões do Copom.