A exemplo do que ocorre no Brasil, os alimentos continuam puxando a inflação para cima no Distrito Federal. O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) referente à quarta semana de maio, divulgado nesta terça-feira (03/06) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve variação de 0,78% no DF, patamar inferior à alta de 0,92% registrada na última semana de abril. Os alimentos, no entanto, que na quarta semana de abril tiveram variação de 1,74%, desta vez subiram mais, registrando alta de 2,12% em Brasília e região. O número ficou próximo à alta nacional dos alimentos, de 2,33%. É o maior resultado desde a primeira semana de fevereiro de 2004, quando foi registrado aumento de 2,36% nos gêneros alimentícios.
Logo atrás dos alimentos como principais vilões da alta dos preços no Distrito Federal, vieram o vestuário (variação de 1,06%) e a habitação (alta de 0,65%). Os transportes tiveram recuo de 0,33%. Apenas o diesel subiu nesse grupo, registrando alta de 7,33% com relação à terceira semana de maio. A gasolina recuou 0,56% e as tarifas de táxis e ônibus urbanos permaneceram estáveis.
Troca de estação
Segundo o especialista em análises econômicas da FGV André Furtado Braz, a alta relativamente acentuada nos preços do setor de vestuário registrada no DF pode ser atribuída à mudança de estação. ;As lojas estão vendendo suas coleções de inverno, e sempre há alta de preços. O que preocupa mais é mesmo a alimentação. O Distrito Federal seguiu uma tendência nacional com relação a isso;, diz.
Nacional
A alta nacional do IPC-S referente à última semana de maio ficou em 0,87%. Recife foi a capital que mais puxou o índice para cima (variação de 1,23%) seguida de São Paulo (1,11%), Rio de Janeiro (0,89%), Porto Alegre (0,84%) e Brasília (0,78%). Em Belo Horizonte a alta ficou em 0,22% e, em Salvador, em 0,28%.