Jornal Correio Braziliense

Economia

Começa hoje reunião do Copom para definir nova taxa de juros

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta terça-feira (03/06) e quarta-feira (04/06) para discutir como ficará a taxa básica de juros que remunera os títulos depositados no Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic). A reunião começa sempre depois das 15 horas e, nesta terça-feira à tarde, o colegiado do BC ouvirá exposições dos chefes de departamento do banco sobre as perspectivas nos diferentes segmentos da economia, no Brasil e lá fora, com enfoque especial para o acompanhamento de preços e possíveis pressões inflacionárias. A ;dosagem; no aumento da taxa de juros, hoje de 12,75% ao ano, só será conhecida no início da noite de quarta-feira, mas os consultores econômicos da iniciativa privada acreditam, de acordo com a pesquisa Focus da última sexta-feira (30/05), que o Copom deve repetir a elevação de 0,5 ponto percentual usada na reunião de abril. O economista do Núcleo de Negócios Internacionais da Trevisan Consultoria, Pedro Raffy Vartanian, afirma que ;o aumento da Selic é fato, devido ao cenário de pressão nos preços. Resta saber qual o tamanho do aperto monetário;. Ele acredita que o aumento será de no mínimo 0,50 ponto percentual, mas admite que os diretores do BC podem discutir possibilidade maior de aperto, pois ;o cenário inflacionário vem se deteriorando;. Posição semelhante foi manifestada pelo presidente do Sindicato das Financeiras dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Secif), José Arthur Assunção. Ele afirmou que ;o BC será implacável com a inflação durante todo este ano;. A autoridade monetária está pronta, segundo ele, para aumentar a táxa básica de juros o quanto for preciso para evitar uma alta generalizada da inflação. O conselheiro econômico da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Istvan Kasznar, também concorda com a elevação de 0,5 ponto percentual e lembra que a ata da última reunião do Copom foi um alerta ao mercado de que haverá tantos aumentos quantos forem necessários para conter a inflação. É importante lembrar, segundo ele, que a pressão de preços no país ;é resultado também da conjuntura internacional, devido a um período de franca elevação das commodities agrícolas e do petróleo. O BC precisa tomar providências pontuais para que a meta de inflação seja cumprida;. Agora que atingimos o ;grau de investimento;, disse ele, ;temos que preservar o que conquistamos com tanto sacrifício;.