Os auditores fiscais da Receita Federal decidiram nesta segunda-feira (02/06) não retomar a paralisação. Em mais de 90% das assembléias realizadas por todo o país, foi definido que será mantido o estado de mobilização, com retomada da greve só se houver recuo do governo na proposta de reajuste salarial negociada com a categoria. A informação é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco)
Os auditores fiscais fizeram greve entre os dias 18 de março e 12 de maio e ameaçavam voltar à paralisação no início de junho. A longa paralisação causou impacto nos setores econômicos que dependem do comércio exterior. Mercadorias ficaram paradas nos postos aduaneiros. As regiões mais afetadas pelo movimento foram Sul e Sudeste.
A paralisação teve impacto sobre a balança comercial do Brasil, com forte recuo nas exportações. Com o retorno dos fiscais às atividades, em maio, foi registrado superávit recorde na balança - US$ 4 bilhões, o maior desde abril de 2007.
Reivindicações
Os auditores fiscais reivindicavam um plano de carreira igual ao que foi concedido aos policiais federais e aos advogados da União, e queriam ganhar R$ 19,7 mil por mês. Atualmente, o salário inicial de um auditor é de R$ 10 mil e o salário médio da categoria é de R$ 13 mil. A categoria segue em negociação com o governo.