O encarecimento dos alimentos aumentará a pobreza e indigência em mais de dez milhões de pessoas na América Latina e no Caribe, estimou o Sistema Econômico Latino-Americano e do Caribe (Sela) em reunião convocada nesta sexta-feira (30/05) em Caracas (Venezuela) junto a governos e organizações internacionais.
Esse número se somará às mais de 52 milhões de pessoas que já passam fome na região, apesar de se tratar de uma zona exportadora de alimentos, destacou o relatório principal da reunião do Sela.
O relatório do organismo, com sede permanente em Caracas, indica que a produção de alimentos na América Latina e no Caribe supera em 30% as necessidades alimentícias da população.
Os 26 países que formam o Sela, junto com representantes de outros organismos multilaterais, analisam o alcance da crise com a intenção de aproximar posições antes da reunião que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) realizará em Roma entre 3 e 5 de junho.
O Sela convocou a reunião para buscar uma "resposta conjunta e urgente para enfrentar a atual crise derivada do aumento dos preços" dos alimentos.
Também participam da reunião de um dia representantes de órgãos como FAO, do Programa Mundial de Alimentos (WFP), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), do BID Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS).