O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta sexta-feira (30/05), em São Paulo, que o governo fará em 45 dias um superávit primário adicional, por meio de poupança fiscal, de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para formar o Fundo Soberano do Brasil (FSB). O valor correspondente, segundo o ministro, será de aproximadamente R$ 13 bilhões por mês.
O recurso será usado em casos emergenciais e terá como principal função controlar a inflação. Quando a inflação estiver sob controle, como agora, frisou Mantega, o recurso poderá ser usado na compra de dólar no mercado, caso haja um excedente de morda forte no mercado local, ou mesmo em investimento em títulos da dívida pública. Quando parado, o recurso poderá ser aplicado ainda em papéis do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), que rendem atualmente 6,5% ao ano. "É uma poupança que vai ser utilizada na época de vacas magras", ressaltou Mantega, no auditório da sede da Caixa Econômica Federal de São Paulo.
De acordo com o ministro, o governo resolveu fazer essa poupança fiscal em função da disponibilidade que a economia possui neste momento de arrecadação. "Nós estamos com o país crescendo mais, arrecadando mais e, portanto, existe uma poupança que pode ser criada. Essa poupança será toda aplicada no Fundo Soberano", disse.