O Banco Mundial destinará US$ 1,2 bilhão à luta contra a crise de alimentos no mundo e US$ 200 milhões desse total serão concedidos na forma de doações que vão beneficiar, principalmente, Djibuti, Haiti e Libéria, anunciou nesta quinta-feira (29/05) o presidente do Bird, Robert Zoellick.
"A disparada dos preços dos alimentos poderá fazer com que aumente o número dos que estão hoje na faixa dos mais pobres do planeta - assim, um bilhão de indigentes no mundo podem se tornar dois bilhões", destacou Zoellick, explicando a medida aprovada mais cedo pelo conselho de administração da instituição multilateral.
O anúncio foi feito dias antes da cúpula de 3 a 5 de junho, em Roma, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com o objetivo de considerar a alta dos preços dos alimentos, mudança climática, biocombustíveis e segurança alimentar.
Os recursos estarão destinados a financiar programas sociais denominados "rede de segurança", como cantinas escolares e sistemas de troca de trabalho por comida, diferenciando-se da ajuda de emergência.
Três países já estão definidos como receptores do financiamento para a compra de alimentos, sementes e fertilizantes, ou para compensar os déficits fiscais provocados pela crise. São eles: Djibuti (US$ 5 milhões), Haiti (US$ 10 milhões) e Libéria (US$ 10 milhões). Depois, devem vir Togo, Iêmen e Tadjiquistão, segundo o banco.
O Bird também anunciou a criação de outro fundo multilateral, dedicado ao financiamento de programas de apoio à produção agrícola, como sementes e fertilizantes.