Jornal Correio Braziliense

Economia

CUT realiza manifestação em defesa da redução da jornada para 40 horas semanais

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Um grupo de sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) se reuniu, nesta quarta-feira (28/05), na plataforma superior da rodoviária de Brasília. O motivo da reunião foi o recolhimento de assinaturas que visam favorecer a redução da jornada de trabalho: de 44 para 40 horas semanais, sem diminunição dos salários. A manifestação fez parte das ações programadas por centrais sindicais para ocorrer em vários pontos do país em defesa da proposta. O diretor da CUT no Distrito Federal, Cícero Rôla, disse que "a intenção da entidade é conquistar a redução da carga horária, sem a redução dos salários". Isso, segundo ele, ajudaria a inserir novos trabalhadores no mercado formal. Cícero explicou que a Central pretende entregar um abaixo-assinado, terça-feira (03/06), no Congresso Nacional, para pressionar a aprovação da proposta pelos parlamentares. Ele acrescentou que não descarta a possibilidade de greves e paralisações para lutar pela diminuição da jornada. "A gente está tentando demonstrar ao Congresso a importância de se discutir isso com altivez, com responsabilidade e com uma certa urgência, para evitar que tenhamos um movimento nacional de paralisação, ou até, se for o caso, uma greve geral em defesa dessa reivindicação", ressaltou. Além disso, as manifestações também giram em torno da aprovação das Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Uma delas, a convenção 151,, regulamenta o direito de greve dos trabalhadores do serviço público, e a 158 restringe a demissão sem justa causa, que, segundo Cícero, está sendo usada pelo setor privado como maneira de pagar salários menores aos trabalhadores. Os empregados mais antigos são demitidos para a contratação de novos funcionários com salários, em média, 10% menores. De acordo com ele, 44% da mão-de-obra no Brasil sofre essa rotatividade.