Os contratos futuros de petróleo inverteram o movimento de alta exibido no início desta terça-feira (26/05) e passaram a operar em queda, abaixo de US$ 130,00 o barril, com os investidores aproveitando as máximas recentes para realizar lucros. Os preços da matéria-prima (commodity) caem apesar de ataques a um oleoduto na Nigéria nesta segunda-feira e ao aumento das tensões envolvendo o programa nuclear do Irã - eventos que costumam impulsionar os contratos para cima.
Às 11h25 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em julho caía 1,89%, a US$ 129,69 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma ICE, em Londres, o contrato com mesmo vencimento do petróleo tipo Brent recuava 1,90%, a US$ 129,85 o barril.
Nesta segunda-feira (26/05), militantes nigerianos atacaram um oleoduto operado pela petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell, cortando uma quantidade não especificada da produção, segundo a empresa. Também nesta segunda, a Agência Internacional de Energia Atômica acusou o Irã de reter informação sobre seu programa nuclear.
"No passado (o Irã) provocaria um ímpeto altista nos mercados, mas isso não ocorre hoje", comentou Addison Armstrong, analista da Tradition Energy.
Com o petróleo registrando novas máximas históricas recentemente, tendo superado o nível de US$ 135,00 o barril durante sessão em Nova York, o mercado já estava predisposto a uma correção para baixo, disse Jim Ritterbusch, presidente da consultoria Ritterbusch & Assoc. Ele acredita que os dados de estoques de petróleo nos Estados Unidos, a serem divulgados amanhã, podem dar um novo motivo para os preços da matéria-prima subirem.