O consumidor do Distrito Federal que ainda não se acostumou com os novos preços do gás de cozinha deve se preparar. Com o mercado sob pressão, distribuidoras e revendas trocam acusações e travam uma disputa silenciosa, que poderá fazer com que o produto fique ainda mais caro nas próximas semanas.
O botijão, que antes era encontrado no Plano Piloto e em algumas cidades do DF por R$ 35 a R$ 37, agora varia de R$ 38 a R$ 40 (reajustes de 2,7% a 14,28%, com média de 8,33%). Atento a possíveis abusos, o Procon investiga se esse movimento de alta verificado nos últimos dias é uniforme.
José Carlos Lelis dos Santos, presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás, diz que há uma defasagem de pelo menos 35% no preço do produto provocada pela alta dos custos. ;Não é aumento. Estamos apenas retomando os valores normais de dois anos atrás. Se as distribuidoras não baixarem, aí sim vamos ter de reajustar;, afirma. No DF, segundo ele, há 284 revendas autorizadas.
Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que o preço do gás se manteve quase estável nos últimos 12 meses, com leve tendência de queda em alguns períodos. No caso do Distrito Federal o fenômeno está comprovado: em abril de 2007, o botijão custava R$ 38,08 e em abril de 2008, baixou para R$ 36,99. Na comparação com março deste ano, quando era comprado a R$ 36,81, houve uma pequena alta.
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