Operação da Polícia Federal e do Ministério da Previdência Social desarticulou esquema de fraudes a benefícios como o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Distrito Federal. A ação, batizada de Rodofácil, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na casa de um dos suspeitos, em Ceilândia, em duas clínicas de Taguatinga e na residência de um sindicalista em Brasília. Segundo estimativas de técnicos do ministério, os prejuízos causados por essas fraudes chegam a R$ 1 milhão.
Na terça-feira (20/05), um homem de 27 anos foi preso em flagrante quando se apresentou na Agência da Previdência Social de Taguatinga para exame pericial. Ele entregou aos empregados do posto relatório médico e prescrição falsos. Ao conferir os documentos, os servidores do INSS contataram o ministério e souberam que se tratava de um dos suspeitos da fraude. O outro investigado, um intermediário, está foragido desde terça-feira. Ele é acusado de ter negociado, com um médico, o atestado do homem detido.
As investigações começaram há seis meses e integram o trabalho da Força Tarefa Previdenciária. Foram analisados 54 benefícios falsos desde novembro. A expectativa é que, com os documentos apreendidos, as apurações avancem mais rapidamente. Os envolvidos responderão por crime de estelionato e, se condenados, poderão cumprir de um a seis anos de prisão.
O auxílio-doença é o benefício mais fraudado no INSS. Para tentar reduzir os prejuízos aos cofres públicos, este ano, o Ministério da Previdência dobrou a verba para custear as operações da PF: de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões.