O Federal Reserve (Fed), banco central americano, injetou nesta terça-feira (20/05) mais US$ 75 bilhões para nutrir o sistema financeiro, mas poderia fazer uma pausa nos socorros de sua política monetária, disse o vice-presidente da autoridade monetária, Donald Kohn.
Desde dezembro, o Fed liberou US$ 510 bilhões em empréstimos de curto prazo aos bancos comerciais mediante leilões, o mais recente efetuado nesta segunda-feira.
Além disso, a instituição iniciou em setembro uma redução sistemática da taxa de juros para estimular o consumo, que corresponde a mais de dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) nos Estados Unidos.
"Com a informação que temos atualmente, acho que a política monetária parece calibrada apropriadamente, por enquanto, para promover o aumento do emprego e moderar a inflação à longo prazo", disse Kohn à um grupo de empresários na cidade americana de Nova Orleans.
Desde setembro, em sucessivos afrouxamentos de sua política monetária, o Fed baixou a taxa básica de juros de 5,25% para 2% ao ano.
A opinião de Kohn sugere que o banco central americano poderia estar satisfeito com o nível atual das taxas de juros, e estaria atento agora ao controle da inflação.
De fato, advertiu Kohn, se o público perceber que o Fed está um pouco mais tolerante em matéria de inflação, isso "poderia levar a uma situação grave".
Kohn não deu indícios se o Fed manterá os juros na próxima reunião sobre política monetária, em 24 e 25 de junho.