Nova York - O banco Itaú quer duplicar sua base de clientes institucionais e de varejo na Ásia e no Oriente Médio nos próximos dois anos, disse nesta terça-feira (20/05) o presidente da Itaú Corretora de Valores, Roberto Nishikawa. O banco quer atrair para investimentos no Brasil o grande volume de reservas acumuladas pelos fundos de riqueza soberana e por grandes investidores institucionais dessas duas regiões, revelou o executivo.
A Itaú Corretora de Valores quer aumentar sua base de investidores internacionais das duas regiões dos atuais 25% para 50% nos próximos dois anos, disse Nishikawa. O Itaú inicia nesta quarta-feira (21/05), em Nova York, uma feira de dois dias para promover os investimentos em companhias brasileiras.
Há um interesse crescente na comunidade de investimentos do Brasil para atrair investidores do Oriente Médio e da Ásia. O governo brasileiro, por exemplo, separou uma parte das recentes emissões de bônus para a venda na Ásia.
Segundo Nishikawa, a Itaú Corretora de Valores planeja abrir subsidiárias em Pequim, Cingapura, Tóquio e Abu Dabi este ano, seguidas pela abertura de uma mesa de negociações em Dubai no ano que vem.
Fundo de investimento
O executivo acrescentou que a corretora também está trabalhando na formação de um fundo de investimentos a ser comercializado em parceria com uma instituição financeira japonesa. Ele disse que a formatação do fundo pode ser concluída no mês que vem, mas não revelou o nome da instituição envolvida.
No ano passado, o Itaú lançou um empreendimento semelhante na Coréia do Sul, tendo como parceiros locais Daewoo e a fundo de private equity (que compra participações em empresas) KDB. O fundo de investimentos, nomeado de Samba, permite que sul-coreanos invistam em ativos brasileiros.