O grupo anglo-canadense de mídia e serviços financeiros Thomson Reuters suprimirá até 835 postos de trabalho, 140 deles em sua divisão de imprensa Reuters News, que reúne as agências de notícias Reuters e Thomson Financial News, informaram nesta segunda-feira (19/05) fontes da empresa.
Uma porta-voz da Thomson Reuters afirmou que ainda não foi anunciado nenhum outro corte de empregos. A representante se negou a comentar as informações que circularam na imprensa, segundo as quais até 1,5 mil postos de trabalho - de um total de 50 mil, ou seja, 3% do efetivo do grupo - poderiam ser extintos em todas as áreas, e limitou-se a dizer que os cortes serão decididos separadamente em cada setor.
Divisões
Entre 600 e 650 empregos seriam suprimidos na divisão Tecnologia, Conteúdos e Operações, e 45 na área de Vendas e Serviço para Europa, África e Oriente Médio, segundo mensagens enviadas aos funcionários destes departamentos na semana passada. O teor destas mensagens foi confirmado pela Thomson Reuters.
"O tamanho da Reuters News no final do ano deverá se reduzir para cerca de 2,5 mil pessoas, bem mais que as 2.380 que trabalhavam na redação da antiga Reuters (antes de sua compra pelo grupo canadense Thomson) no fim de 2007", anunciou o chefe de redação da Reuters News, David Schlesinger, em um e-mail enviado aos funcionários da divisão de imprensa, do qual a AFP obteve uma cópia.
"Infelizmente, os problemas que identificamos e a necessidade de administrar eficazmente nossas atividades nos obrigarão a suprimir cerca de 140 empregos a nível mundial até o fim do ano", diz o texto. Metade desses cortes na Reuters News aconteceria na Europa.
Compra
A compra da Reuters pela canadense Thomson por 13 bilhões de euros foi ratificada no dia 17 de abril deste ano, com a entrada do novo grupo nas bolsas de Londres, Toronto e Nova York, onde fica sua sede central.
Com 50 mil funcinários em 93 países, a Thomson Reuters é o segundo maior fornecedor mundial de informações destinadas a profissionais dos mercados financeiros, com 32,3% de participação no mercado em 2007, segundo a consultoria londrina Inside Market Data, atrás apenas do grupo americano Bloomberg, que possui 32,7%.