Jornal Correio Braziliense

Economia

Petrobras estuda construir duas novas refinarias no país, diz Lobão

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira (16/05) que a Petrobras estuda a possibilidade de construir até duas novas refinarias de petróleo no Brasil. Segundo Lobão, já está certo que uma delas será no Estado do Maranhão, em São Luiz. Em relação a outra refinaria, a estatal ainda vai decidir se será necessária e se confirmada, onde será construída. A intenção é aumentar a capacidade de refino da Petrobras no País em 600 mil barris por dia. Assim, explicou Lobão, se forem mesmo construídas duas unidades, a de São Luiz terá capacidade para 400 mil barris e a segunda, de 200 mil. "Se não for construída a segunda, a refinaria do Maranhão pode ter uma capacidade de 600 mil barris", disse Lobão, ressaltando que, de qualquer modo, a refinaria do Maranhão será a maior do Brasil, já que as unidades existentes hoje processam, em média, 200 mil barris de petróleo por dia. A refinaria maranhense deverá demandar investimentos de US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões. Porém, se a capacidade de uma unida refinaria chegar a ser, de fato, de 600 mil barris, essas cifras poderão ser superadas. A eventual segunda refinaria, por sua vez exigirá investimentos de US$ 5 bilhões. Exportação Lobão explicou que a intenção da Petrobras é produzir nessas refinarias todos os derivados do petróleo, destinando-os principalmente para a exportação. "Por isso a escolha do Estado do Maranhão, que tem o porto mais profundo do País e está mais perto dos mercados consumidores", justificou. Lobão disse que a Petrobras deverá apresentar até o fim deste mês ao governo os estudos que apontarão se serão necessárias uma ou duas refinarias. Lobão avaliou que a construção de uma única unidade de 600 mil barris diários custa menos do que erguer duas plantas para atingir esse mesmo volume. Entretanto, a eventual divisão de capacidade ocorreria por questões logísticas ou mesmo políticas, já que diversos governadores estão brigando para atrair investimentos para seus Estados. Lobão afirmou que a idéia do governo é iniciar as obras em 2009. A partir daí demorariam de cinco a seis anos para a conclusão da obra