O dólar comercial foi negociado a R$ 1,656 para venda, em retração de 0,42%, nas últimas operações registradas nesta quinta-feira (15/05). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 1,770 (venda), com avanço de 0,56%.
O mercado mostrou sinais de ter posto de lado, pelo menos por enquanto, um certo nervosismo com a constituição do fundo soberano, anunciado anteontem pelo ministro Guido Mantega (Fazenda). Esse fundo, segundo adiantou o ministro, seria formado, em parte, por dólares no mercado à vista. Essas compras, sob responsabilidade do Tesouro (o gestor do fundo) serviriam, como o próprio ministro admitiu, para evitar uma queda ainda maior da taxa cambial.
Além das críticas ao custo financeiro do fundo soberano, economistas viram poucas chances dessa iniciativa conseguir deter, de forma significativa, o recuo dos preços da moeda americana. O mercado foi agitado, em parte, por rumores de que a agência Fitch poderia promover ainda hoje o rating brasileiro (nota de risco de crédito), uma especulação freqüente nas últimas semanas.
Juros futuros
Na BM (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o mercado futuro de juros compensou as altas "exageradas" de ontem e acompanhou o câmbio, revisando (para baixo) as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.
No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada recuou de 13,12% ao ano para 13,09%; no contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada cedeu de 14,42% para 14,34%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada caiu de 14,40% para 14,29%. A inflação medida pelo IGP-10 teve variação de 1,52%, em maio --mais que o triplo do registrado em abril (0,45%), segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas).