Jornal Correio Braziliense

Economia

CSA ficará para 2º semestre de 2009, avisa Thyssen

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Frankfurt - O conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp anunciou nesta quarta-feira (14/05) que deve aumentar o orçamento para a construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na cidade do Rio de Janeiro, e que o início do funcionamento da usina deve atrasar de quatro a seis meses em relação ao planejado. O início das operações estava previsto para março do ano que vem. O empreendimento no Rio de Janeiro é uma parceria da empresa alemã com a mineradora brasileira Vale, que tem 10% de participação. A CSA exportará 5 milhões de toneladas de aço ao ano, sendo 2 milhões para a Europa e 3 milhões para países do Nafta (Estados Unidos, Canadá e México). O investimento estava previsto anteriormente em cerca de 3 bilhões de euros. A companhia alemã também elevou a previsão de gastos para uma usina que está construindo nos EUA. A ThyssenKrupp informou que os investimentos na construção das duas unidades deverão aumentar para 700 milhões de euros. A ampliação dos investimentos se deve principalmente às despesas adicionais para trabalhos auxiliares na CSA, segundo a ThyssenKrupp. "Outras razões para o estouro do orçamento incluíram substanciais aumentos de preços tanto no mercado brasileiro de construção civil como nos mercados internacionais de equipamentos, bem como a otimização do trabalho técnico", explicou a companhia. A valorização do real também contribuiu para elevar os investimentos necessários na siderúrgica brasileira, segundo um porta-voz da ThyssenKrupp. Já o adiamento do início das operações foi atribuído à "aceleração da demanda global por bens de capital (máquinas e equipamentos)", que causou atrasos por parte dos fornecedores, além de "gargalos na entrega de materiais de construção e chuvas mais fortes e prolongadas do que o habitual, entre 2007 e 2008", que retardaram os trabalhos de solda na obra da usina. Lucro O lucro líquido da ThyssenKrupp no segundo trimestre fiscal foi de 486 milhões de euros (US$ 751,7 milhões), o que representa um aumento de 122% em relação aos 219 milhões de euros registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a grande variação foi motivada por encargos extraordinários de 480 milhões de euros no segundo trimestre do ano fiscal anterior, relacionados a uma multa antitruste para a divisão de elevadores. Ainda assim, o resultado ficou abaixo da previsão de analistas, que esperavam lucro líquido de 509 milhões de euros.