O Índice de Preços ao Consumidor ; Classe 1 (IPC-C1) registrou variação de 0,97% em abril. No
mês anterior houve aumento de 0,66%. Esta foi a segunda elevação consecutiva da taxa
mensal do IPC-C1, que em 2008 só não superou o resultado de janeiro, quando a variação
média do índice foi de 1,37%.
O IPC-C1 mede a variação do custo de uma cesta de bens e serviços consumidos por famílias com renda entre 1e 2,5 salários mínimos mensais.
No ano até abril, o IPC-C1 acumula taxa de 3,19%. Nos últimos 12 meses, a variação atinge
6,84%. Já o IPC-BR registrou, até abril, taxas de 2,16% no ano e 4,95% nos 12 últimos meses.
O avanço do IPC-C1 está associado ao recente aumento dos preços dos alimentos, categoria
que absorve, em média, 40% do orçamento de famílias com renda entre 1 e 2,5 salários mínimos.
Em abril, por exemplo, a alta do grupo Alimentação respondeu por 79,38% do resultado geral do IPC-C1. A contribuição do grupo para a inflação da população de baixa renda foi superior a 50% em todas as apurações realizadas em 2008.
Na passagem de março para abril, os principais destaques do grupo Alimentação, cuja taxa de
variação subiu de 1,35% para 1,94%, foram: pão francês (2,88% para 9,75%), carne moída (1,02%
para 4,76%), arroz branco (-0,16% para 1,01%), leite tipo longa vida (3,02% para 4,21%), macarrão
(0,75% para 2,45%) e mamão papaya (-2,89% para 35,80%).
Em contrapartida, itens que em meses anteriores haviam contribuído para a alta dos alimentos
vêm registrando quedas de preços. Neste contexto, os principais destaques são: feijão
carioquinha (-7,52% para -11,03%), açúcar refinado (0,36% para -1,82%), ovos de galinha (6,76%
para -5,48%) e frango inteiro (-1,29% para -1,95%).
Os grupos Vestuário (-0,41% para 1,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,96%)
também registraram acréscimos em suas taxas de variação entre março e abril. Na primeira
classe de despesa, a elevação da taxa veio com a chegada do outono, que contribuiu para a
alta dos preços das roupas (-0,38% para 1,58%). Na segunda, o reajuste dos preços dos
medicamentos (0,15% para 1,95%) foi o principal motivo para o aumento da taxa de variação.
O recuo registrado pela taxa do grupo Habitação (0,39% para 0,13%) contribuiu para um
aumento menor do IPC-C1 em abril. O principal destaque partiu do item tarifa de eletricidade
residencial, cuja taxa passou de 0,78% para -0,08%.