Não há indicação de redução dos preços de alimentos e de interrupção da pressão que eles estão exercendo na inflação, segundo a coordenadora do Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. Ela lembrou que a alta tem sido muito influenciada pela cotação desses produtos alimentícios no mercado internacional, já há algum tempo. O IPCA de abril subiu 0,55% e cerca de metade dessa inflação foi causada por alimentos. Para o IPCA de maio, disse Eulina, "tudo depende de como vai evoluir a pressão dos alimentos".
Apenas 15 itens responderam por 1,35 ponto porcentual do IPCA acumulado de janeiro a abril, que foi de 2,08%. "É mais da metade da taxa", comentou a coordenadora. Os itens foram colégio (mensalidades escolares), refeição fora de casa, pão francês, tomate, empregada doméstica, óleo de soja, frutas, plano de saúde, ônibus urbano, cebola, remédios , leite pasteurizado, cursos diversos e feijão preto.