O Custo Unitário Básico de Construção (CUB) do Distrito Federal teve alta acumulada de 10,45% nos últimos 12 meses. Entre março e abril deste ano, houve aumento de 0,66%. O CUB é um indicador usado a nível nacional para avaliar o custo por metro quadrado de se construir uma edificação em determinada região do País. No DF, atualmente, o índice está em R$ 678,56. Ele é medido a partir de um levantamento dos preços dos 25 principais insumos usados na construção civil. Junto a fatores como valor do terreno e margem de lucro das empresas, o CUB é um dos determinantes do preço final dos imóveis.
Segundo o presidente da Comissão de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Frederico Guelber Corrêa, o CUB do Distrito Federal cresceu a um ritmo um pouco mais acelerado do que o usual nos últimos meses, e isso porque o indicador tem acompanhado a inflação do País.
;Dá para ver que não tem ficado muito distante da inflação. Além disso, fatores como crédito imobiliário mais fácil e mais abrangente, e juros menores do que há dois anos - embora o Banco Central tenha reajustado a Selic agora - contribuíram para aumento da procura por imóveis. Quando cresce a demanda, crescem os preços, desde o preço dos insumos até o valor final do imóvel;, explica Corrêa.
Para ilustrar a comparação da variação do CUB do DF com a inflação, o presidente da Comissão de Estatística do Sinduscon cita o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que cresceu 9,81% no mesmo período em que o custo da construção subiu 10,45%. Corrêa diz ainda que a alta do indicador deve continuar, dada a conjuntura atual da economia. Além disso, maio é o mês em que é negociado o reajuste anual dos trabalhadores da construção civil - a mão de obra consta entre os 25 insumos considerados para cálculo do CUB.
Os materiais que mais têm contribuído para a alta do indicador, nos últimos meses, segundo o Sinduscon-DF, são cimento e aço. ;A alta de preços desses dois insumos é nacional, e não um fenômeno restrito ao DF;, afirma Frederico Correa.