Cerca de 80 funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) realizaram na manhã desta terça-feira (06/05) uma manifestação em defesa da regularização do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek foi escolhido como local do protesto para chamar a atenção dos parlamentares que desembarcaram na capital federal. Os trabalhadores distribuíram uma carta aberta sobre as reivindicações da categoria.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correio e Telégrafos do Distrito Federal (DF) e membro da Comissão Nacional do PCCS, Denílson Santos Rocha, destacou que o maior problema que os funcionários dos Correios enfrentam é a falta de negociação por parte da empresa. Por isso, segundo ele, a categoria está buscando outras meios para tentar abrir as negociações e acabar com as pendências relacionadas aos funcionários da ECT.
"A gente quer divulgar o nosso trabalho, em nome da Comissão Nacional do PCCS, e abrir para todos os parlamentares e a toda a comunidade também a nossa solicitação, que se trata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos funcionários, pois nós estamos com um plano em vigência que não está funcionando e a gente quer a implementação", disse Rocha.
O sindicalista informou que, no momento, a categoria não quer falar em greve e que o período é de negociação. Mas, de acordo com ele, o calendário de mobilizações poderá incluir uma paralisação, caso as negociações não avancem.
Para a deputada Maria do Rasário (PT-RS), é importante que os trabalhadores acompanhem os desdobramentos das negociações com o governo. "É uma manifestação bastante legítima, os trabalhadores fizeram um movimento importante, porque fizeram uma negociação com o governo e [ela] não foi cumprida integralmente pela direção dos Correios".
Ela disse que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) recebeu a palavra do ministro das Comunicações, Hélio Costa, de trabalhar um acordo adequado para os trabalhadores da ECT.
Segundo Denílson Santos Rocha, na próxima quinta-feira (08/05) haverá uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o assunto, em que a comissão do PCCS vai apresentar as demandas e tentar agilizar o processo, para que, no prazo de três meses, os trabalhadores consigam avançar nas negociações.