Jornal Correio Braziliense

Economia

EUA eliminam 20 mil postos de trabalho em abril, mas desemprego cai 5%

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A economia dos EUA eliminou 20 mil empregos no país em abril. A taxa de desemprego, por sua vez, teve ligeira retração, passando para 5% (contra 5,1%) em março. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (02/05) pelo Departamento do Trabalho. Segundo o departamento, nos três primeiros meses deste ano, a economia dos EUA perdeu 240 mil postos de trabalho (em março foram eliminadas 80 mil vagas). O fechamento de vagas ocorreu principalmente nos setores de construção, manufaturas e vendas no varejo. Já os setores de serviços de saúde e serviços técnicos e profissionais tiveram ligeiro ganho. O número de desempregados no país no mês passado ficou em 7.6 milhões de pessoas. Em abril do ano passado, esse número era de 6,8 milhões de pessoas - a taxa de desemprego à época era de 4,5%. O resultado, no entanto, foi menos negativo que o previsto:as projeções dos economistas era de que abril veria a eliminação de 60 mil vagas. Nesta semana a consultoria ADP Employer Services informou que o setor privado da economia americana iria apresentar a criação de 10 mil postos de trabalho no mês passado. Apesar da ligeira melhora em relação a março, a tendência da economia como um todo (e os possíveis efeitos sobre o mercado trabalho) ainda preocupam os economistas. A economia americana registrou um crescimento de apenas 0,6% no primeiro trimestre deste ano, mesma taxa de expansão verificada no quarto trimestre de 2007. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reconheceu nesta semana que a economia do país está "muito lenta", e o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, já admitiu no início deste mês, pela primeira vez, que a economia americana corre o risco de entrar em recessão no primeiro semestre deste ano. Os gastos dos consumidores tiveram um recuo significativo: depois de um crescimento de 2,3% no quarto trimestre de 2007, tiveram uma expansão de apenas 1% entre janeiro e março deste ano --refletindo, entre outros, o temor sobre a situação do mercado de trabalho. Foi o menor aumento desde o segundo trimestre de 2001. Os gastos dos consumidores respondem por cerca de 70% de toda a atividade econômica dos EUA. O índice de inflação atrelado à leitura do PIB teve alta de 3,5%, uma ligeira queda em relação ao do trimestre imediatamente anterior, alta de 3,9%. O núcleo do índice (que exclui os preços de alimentos e energia) teve alta de 2,2%, contra 2,5% um trimestre antes.