Os professores da Faculdade Eurobrasileira para Educação, a Eurobras, decidiram voltar ao trabalho após firmarem acordo com a direção do estabelecimento de ensino, que oferece ensino fundamental, médio e nível superior no Gama. O retorno às salas de aula foi resolvido em reunião do corpo docente com o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep) e os mantenedores do colégio. Os empresários prometeram pagar os dois salários atrasados em duas parcelas junto com os próximos rendimentos. Com isso, os 22 funcionários terão duas remunerações no 5º dia útil de maio e de junho.
Temendo que o atraso nos salários seja um indicativo de falência da escola, o Sinproep foi ao Ministério Público do DF pedir a investigação das finanças da escola. Paulo Binicheski, da Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon), pediu a abertura de inquérito civil público para averiguar a situação econômica da escola. A intenção é evitar que aconteça o mesmo que ocorreu com os alunos do Colégio Dom Pedro II, que faliu há um mês sem avisar todos os pais dos estudantes.
O diretor-presidente da mantenedora da Eurobras, João Paulo Ferreira, assegurou ao Correio que os salários atrasados serão pagos nos próximos dois meses. Segundo ele, a dívida com os professores foi provocada por problemas bancários e pela alta taxa de inadimplência de 32%. A escola tem 680 alunos da 5ª série do ensino fundamental ao curso superior. Ferreira disse que, assim que for notificado oficialmente, comparecerá ao Ministério Público para prestar esclarecimentos.