Dos 21,3 milhões de trabalhadores ocupados nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil em março, 4,1 milhões eram trabalhadores por conta própria, que representavam 19,2% do contingente total de ocupados. O grupo dos conta própria é considerado como de inserção informal no mercado de trabalho pelo IBGE, que divulgou hoje um amplo estudo sobre esses trabalhadores.
O estudo mostra que o rendimento médio dos trabalhadores por conta própria era de R$ 1.013,50 em março. Entretanto, aproximadamente 70% dos trabalhadores nessa forma de inserção recebiam menos de dois salários mÃnimos (equivalente a R$ 830,00).
Do total de ocupados por conta própria em março, 54,5% eram brancos e 44,5% eram negros e pardos. Os homens eram maioria nesta forma de inserção (60,8%), assim como as pessoas na faixa etária de 50 a 59 anos (22,4%). Segundo o IBGE, entre os trabalhadores por conta própria, predominam os nÃveis de instrução fundamental incompleto e o médio completo. Entre estes trabalhadores, o nÃvel superior tem participação menos expressiva.
Com relação ao indicador que aponta o tempo de permanência no trabalho, o estudo mostra que 81,1% dos trabalhadores estavam há dois anos ou mais nessa condição, porcentual bem mais elevado que o apurado para a população ocupada (68,6%) para a mesma faixa de tempo de permanência no trabalho.
Setores
Ainda de acordo com o estudo, os trabalhadores por conta própria estão concentrados principalmente nos grupos de atividade de comércio, reparação de veÃculos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustÃveis (28,3% dos ocupados nesse grupo); outros serviços (24,7%) e da construção (17,5%).