Jornal Correio Braziliense

Economia

Servidores da saúde do DF decidem sobre greve nesta quarta (30/04)

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Os servidores da saúde do Distrito Federal realizam assembléia na manhã desta quarta-feira (30/04), em frente ao Hospital Regional do Gama (HRG,) para decidir se entram em greve ou continuam negociações com a Secretaria de Saúde. A categoria, que aprovou indicativo de greve no final de março, reivindica incorporação de gratificações aos vencimentos básicos, plano de saúde, criação de um programa de moradia, duas férias anuais e equiparação da carga horária de 40h semanais à de médicos e enfermeiros - que trabalham 20h por semana. Até agora, o governo local só deu aos servidores garantia de inserção no mesmo programa habitacional destinado a funcionários das áreas de Educação e Segurança. O restante das propostas foi encaminhado à Secretaria de Gestão Administrativa (SGA) do GDF para avaliação de custos, segundo a Secretaria de Saúde. "Amanhã a gente deve decidir se aguarda esse retorno dos estudos da SGA, se continua em negociação com o governo", afirma Antônio Agamenon, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindisaúde). De acordo com ele, a avaliação do SindiSaúde é que o governo tem se mostrado disposto a negociar. "Mas temos que aguardar o que a maioria vai decidir na assembléia", disse. Protesto A assembléia nesta quarta em frente ao HRG será também um ato de protesto contra o diretor do Hospital do Gama, Sebastião Pedrosa, informa Antônio Agamenon. Pedrosa assumiu a instituição em janeiro deste ano, quando o GDF trocou as direções de alguns hospitais da rede pública. O motivo alegado foi que estaria havendo um grande número de licenças médicas por parte dos servidores nas unidades. Os funcionários do HRG têm se queixado constantemente de que, desde que assumiu, Sebastião Pedrosa tem tido atitudes "arbitrárias". "A nossa assembléia seria em frente ao Hospital de Base, mas decidimos fazer no Gama para ter ocasião de fazer também esse protesto", declarou o presidente do Sindisaúde.