Um empregado do Fundo Monetário Internacional (FMI) em cada cinco, ou uma vez e meia mais que o esperado, é candidato à aposentadoria voluntária, disse nesta terça-feira à AFP o diretor-gerente da instituição em crise, Dominique Strauss-Kahn.
Segundo ele, um grupo de 591 empregados, de um total de 2.900 querem se beneficiar do plano oferecido para reduzir a massa salarial do FMI, que acumula déficits, afirmou.
A cifra supera amplamente os 380 postos que Strauss-Kahn, ex-ministro de Finanças francês, planejava suprimir como parte de uma redução de 13,5% dos gastos de funcionamento da organização num prazo de três anos.
Para atenuar o alcance da cifra, Strauss-Kahn destacou as condições vantajosas oferecidas pelas aposentadorias antecipadas.
A direção do FMI propõe indenizações equivalentes a cerca de um ano e meio de salário, segundo fontes ligadas à instituição. No FMI entre 100 e 150 funcionários pedem a aposentadoria, anualmente, precisou.
"A boa notícia, é que isso evita toda uma fase de demissões, e dá margem para contratar com novas qualificações", considerou Strauss-Kahn, em conversa por telefone com a AFP.