GRANGEMOUTH ; A greve na refinaria escocesa de Grangemouth entrou no segundo dia e estimulou os preços do petróleo a novos recordes, sem uma previsão de solução para a crise.
Um total de 1.200 trabalhadores de Grangemouth, ao oeste de Edimburgo, iniciaram no domingo (27/04) uma greve de 48 horas em defesa do atual sistema de aposentadoria, o que empurrou as cotações do petróleo a quase 120 dólares o barril.
A paralisação obrigou a gigante British Petroleum (BP) a fechar um oleoduto que fornece 40% do petróleo e gás à Grã-Bretanha. O oleoduto transporta diariamente 700.000 barris que abastecem o Reino Unido e os mercados internacionais. O local não pode funcionar sem eletricidade e vapor de Grangemouth.
O principal contrato de petróleo nova-iorquino a futuro, o "light sweet crude" para entrega em junho, chegou à cotação recorde de 119,93 dólares o barril nas negociações eletrônicas desta segunda-feira.
O contrato caiu em seguida para US$ 119,21, o que mesmo assim representa uma alta de 69 centavos em relação a sexta-feira. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pode se reunir ainda nesta segunda-feira (28/04) com o premier escocês Alex Salmond para discutir a crise, segundo Londres.