A Petrobras projeta que a balança comercial de petróleo e derivados (exclui gás natural) da empresa terá um déficit de US$ 475 milhões ao final de 2008. O déficit estimado foi baseado no resultado negativo de US$ 775 milhões que a Petrobras registrou no primeiro trimestre.
Ainda assim assim o diretor de abastecimento e refino da estatal, Paulo Roberto Costa, acredita que ao longo do ano o quadro será revertido e a empresa poderá fechar 2008 com saldo positivo na balança comercial.
"Temos várias plataformas entrando em produção ao longo do ano e, por isso, acredito que o saldo possa até mesmo superar os números de 2007", afirma Costa.
No ano passado, a Petrobras obteve um saldo de US$ 72 milhões na balança do petróleo e derivados.
O diretor atribui o resultado negativo do primeiro trimestre deste ano à parada de uma unidade de processamento na Refinaria de Paulínea e à maior necessidade de óleo diesel no mercado interno em função do aquecimento da economia.
Outro fator que influenciou o aumento do consumo de diesel foi a maior utilização do combustível em usinas termelétricas, que variou entre 50 mil e 60 mil barris por dia entre janeiro e março deste ano.
Esso
Paulo Roberto Costa evita comentar a compra da Esso pela Cosan. A Petrobras disputava os ativos da companhia americana no Brasil e chegou a fazer proposta por eles. Costa limitou-se à dizer que a Petrobras vai reavaliar qual caminho que irá adotar para crescer no mercado de distribuição brasileiro. Ele não detalhou a estratégia prevista.
O executivo também não comenta a possibilidade de reajustes nos preços da gasolina e diesel em função da alta do petróleo.