A Previdência Social registrou em março um déficit de R$ 2,635 bilhões. O rombo foi 46,7% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando as contas ficaram negativas em R$ 4,949 bilhões. O resultado de março de 2008 é fruto de uma arrecadação líquida de R$ 12,134 bi e de uma despesa de R$ 14,770 bilhões. Enquanto nos últimos 12 meses a arrecadação cresceu 9,2%, os gastos com o pagamento de benefícios, como aposentadorias e pensões, diminui 8,1%.
No primeiro trimestre deste ano, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) registrou um déficit de R$ 9,813 bilhões. O resultado é 17,2% inferior aos R$ 11,844 bilhões ocorridos no mesmo período do ano passado. O secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, ressalta que a arrecadação líquida cresceu 9,9% nos três primeiros meses do ano, enquanto a despesa com o pagamento de benefícios subiu em ritmo quatro vezes menor, com alta de apenas 2,6% no mesmo período.
"O crescimento (das despesas) tem sido bem menor do que em anos anteriores. Isso é conseqüência da redução do estoque de benefícios como o auxílio-doença", explicou. "A boa notícia é que o déficit vem caindo", reforçou. Diante dos números, o secretário voltou a reduzir a previsão do Ministério da Previdência para o déficit deste ano. Há um mês, Schwarzer havia divulgado uma projeção de R$ 43 bilhões. Agora, afirma, há indicativos que permitem reduzir a previsão para R$ 42 bilhões, com "elevado grau de segurança". Se confirmada a previsão, seria a primeira redução do déficit previdenciário em 20 anos. Na avaliação do secretário, a melhoria se deve ao forte desempenho do mercado de trabalho, que no primeiro trimestre gerou 554,4 mil empregos com carteira assinada.