Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas norte-americanas fecham em baixa

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As Bolsas de Valores norte-americanas fecharam em baixa nesta terça-feira, influenciada pelo aumento dos preços do petróleo e a pressão sobre a inflação. Nem as perspectivas de lucro das empresas, que vieram acima do esperado, balanceou o humor dos investidores, mas ajudaram a limitar as perdas. O Dow Jones Industrial, principal índice de Wall Street, caiu 0,82%, para 12.720,31 pontos. Já o indicador da Nasdaq recuou 1,29%, para 2.376,94 unidades. Por sua vez, o seletivo S 500, que mede o rendimento de 500 grandes empresas, caiu 0,87%, para 1.376,05 pontos. O mercado acionário americano abriu nesta terça-feira em baixa, ainda repercutindo o resultado trimestral ruim do Bank of America e a admissão de "perdas bilionárias" do RBS (Royal Bank of Scotland) com os papéis atrelados ao crédito imobiliário de alto risco ("subprime"). Porém, resultados trimestrais positivos de empresas como AT e McDonald´s, que saíram um pouco antes do início do pregão, ajudaram a limitar as perdas. Já a multinacional de produtos e serviços para agricultura, alimentação, construção e transporte Dupont informou hoje que lucrou US$ 1,19 bilhão no primeiro trimestre de 2008, valor 26% maior que o ganho obtido no mesmo período do ano passado, quando o lucro da companhia foi de US$ 945 milhões. O lucro por ação foi de US$ 1,31 frente a um ganho diluído de US$ 1,01 no primeiro trimestre do ano passado. Os resultados da Dupont superaram as expectativas dos analistas de Wall Street, que esperavam um lucro por ação de US$ 1,29. No entanto, pesou negativamente o fato de 62% dos ganhos serem de vendas feitas fora dos Estados Unidos. Por outro lado, o preço do barril do petróleo fechou pela primeira vez acima dos US$ 119 em Nova York, depois de roçar o teto simbólico dos US$ 120, favorecido pela contínua queda do dólar ante o euro e as tensões na Nigéria. Influenciou o enfraquecimento do dólar frente ao euro e a outras divisas, que incentiva as compras de contratos de petróleo e outras matérias-primas negociadas em dólares, já que ficam mais baratas para o investidor que as adquire com moedas fortes.