O livro de líbero
De Alfredo Nugent Setubal. Intrínseca, 256 páginas. R$ 49,90
Líbero é um menino de 11 anos que adora ler, mas hesita em mergulhar na narrativa quando recebe o livro de sua própria vida. Em dúvida sobre se quer ou não saber os detalhes do próprio futuro, Líbero se vê diante de um dilema nesse romance que é a estreia de Alfredo Nugent Setubal na literatura. (Nahima Maciel)
Não existo
Branca Lescher. Álbum com 12 faixas. Produção independente. Preço sugerido: R$ 20,90.
Liberdade e autonomia, temas tão caros para a mulher empoderada, são recorrentes em Eu não existo, o segundo álbum da cantora e compositora paulistana e Branca Lescher. A letra da canção que dá título ao trabalho soa como provocação de uma artista de voz doce em plena maturidade. E isso é algo que reverbera em quase todas as outras 11 faixas autorais, entre elas Antes de mim, Dia das mães, Taj Mahal e Je suis Nelson Mandela. Além das parcerias Salvo-conduto e Violeta, com Edmiram Modolo; Dia da mulher e Bigode chinês, com o produtor Marcelo Segreto. (Irlam Rocha Lima)
A família Addams
(The Addams family, EUA/Canadá, 2019). De Greg Tiernan e Conrad Vernon. Com as vozes de Chloë Grace Moretz, Oscar Isaac, Charlize Theron, Snoop Dogg e Bete Midler. Universal, em DVD, 86min. Classificação indicativa livre.
A animação dirigida pela mesma dupla que causou polêmica com A festa da salsicha se apoia no carisma da galeria de personagens criada pelo cartunista Charles Addams (morto em 1988). Na nova versão, pesa o uso da consagrada música de Vic Mizzy, enquanto, no enredo do filme tudo o que seja fora do padrão terá espaço para ser debatido. Não há como os moradores da mansão Addams deixarem de destoar do resto da comunidade. Um flashback reforça os passos iniciais da união do patriarca Gomez e da esposa dele Mortícia. Buscar identidade junto à sociedade nunca foi prioridade entre os Addams, e na nova trama, eles almejam a infelicidade e levantam bandeira de enormes esquisitices. Bullying e discriminação têm escalada neste filme com tiradas bastante divertidas. (Ricardo Daehn)