Uma dupla de espetáculos encanta o fim de semana no Espaço Cultural Renato Russo. A multifacetada Janette Dornellas apresenta a dobradinha O telefone e O ocaso de Norma Desmond hoje, amanhã e domingo.
O telefone é uma ópera cômica de 1947, escrita pelo compositor italiano Gian Carlo Menotti. Neste divertido espetáculo, a trama é bastante moderna, que demonstra uma tendência que cresce cada vez mais na atualidade. É a história sobre uma mulher viciada em telefone.
“É genial. É uma ópera de 1947, no entanto é muito atual. O namorado dela quer pedi-la em casamento, porém ele tem muita vergonha, chega a gaguejar. E sempre que ele entrará no assunto, o telefone toca, criando sempre situações diferentes e divertidas”, revela Janette Dornellas, que ainda destaca que esta ópera tem duas abordagens, tanto para crianças quanto para os adultos. “Dependendo da abordagem que usamos, pode ser apresentada para o público infantil ou para os adultos. Para as crianças, nós utilizamos piadas com conotações infantis, fazemos algo mais lúdico, com bichos de pelúcia e bonecos. Para os adultos é um espetáculo mais sexualizado”, aponta a artista.
O espetáculo O ocaso de Norma Desmond, Janette apresenta um monólogo baseado no clássico do cinema de 1950, O crepúsculo dos deuses, de Billy Wilder. O enredo apresenta Norma Desmond, uma grande estrela do cinema mudo que cai no ostracismo após a chegada do som aos filmes. “Ela é uma personagem que é uma mulher de meia-idade, então, eu não preciso tentar parecer mais jovem para interpretá-la. Naquela década, uma mulher na faixa dos 50 anos de idade era considerada velha e ela (a personagem) se vê fora do circuito e quer retomar. Eu me identifiquei com tudo isso”, finaliza Janette Dornellas.
*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira