Brasília, DF - O relator do PGO (Plano Geral de Outorgas), Pedro Jaime Ziller, manteve em seu
voto a necessidade de que as empresas de telecomunicações criem uma unidade independente para a
prestação do serviço de banda larga. A avaliação foi duramente criticada pelas empresas do setor
e pela procuradoria da agência. Ziller justifica a separação para que outras empresas possam ter
acesso à infra-estrutura das teles para oferecer serviço de banda larga. Ele negou que, conforme
defendeu a procuradoria, as empresas tenham direito adquirido de oferecer banda larga e disse
que isso aumentaria a competição. "A separação de serviços em empresas distintas não constitui
obstáculo à oferta convergente", afirmou, em seu voto. Apesar da polêmica em torno desse ponto,
a proposta de Ziller libera a compra de uma concessionária por outra de área diferente, o que na
prática autoriza a fusão de Brasil Telecom e Oi. A votação do PGO foi retomada às 18h50. O
conselheiro Plínio Aguiar votou com o relator. Outros três conselheiros ainda darão seu voto e a
expectativa é de que eles votem contra a separação das empresas.