Correio Braziliense
postado em 21/07/2020 20:52

Entre as perdas estão uma das primeiras drag queen’s brasileiras, a Miss Biá – interpretada por Eduardo Albarella, o compositor Aldir Blanc, a atriz Daisy Lúcidi e o escritor Sérgio Sant’Anna.
Veja alguns desses grandes nomes que o Brasil perdeu em decorrência da covid-19:
Olímpio Pereira

Formado em letras pela Universidade Federal de Goiânia (UFGO), Olímpio era titular da Academia de Letras de Orizona e fundador e membro da Academia Taguatinguense de Letras. Além disso, é o autor de cerca de 15 obras, entre elas Orizona: cidade e campo, Um lugar no mapa e Lendas e contos do Planalto Central. Também fundou, ao lado de colegas, o Sindicato dos Escritores do DF.
José Paulo de Andrade

Paulistano, ele começou a carreira em 1960 como radioescuta do plantão esportivo da Rádio América de São Paulo. Em 1963, ingressou na Rádio Bandeirantes para atuar como locutor esportivo e fez isso pelos 14 anos seguintes.
Ao longo da trajetória no Grupo Bandeirantes, ele foi âncora de telejornais como Titulares da Notícia, Jornal de São Paulo, Rede Cidade, Band Cidade e Entrevista Coletiva. Por 35 anos, José Paulo de Andrade comandou, com Salomão Ésper e Joelmir Beting, o Jornal Gente, além do jornal O Pulo do Gato.
Antônio Bivar

Bivar escreveu mais de 10 livros ao longo da carreira, entre contos, romances, ensaios, biografias e memórias. A mais recente autobiografia, intitulada Perseverança, foi publicada em 2019. Em 2006, após anos de estudos intensivos sobre a obra da escritora Virginia Woolf, lançou a obra Bivar na Corte de Bloomsbury.
Fabiana Anastácio

Fabiana começou a cantar por influência de cantores como Shirley Carvalhaes e Ozéias de Paula. Mas só obteve notoriedade quando um vídeo seu interpretando um cover de Fiel a mim, de Eyshila, viralizou. A popularidade a fez lançar o primeiro álbum em 2012.
Ao longo de cerca de 7 anos de carreira, Fabiana Anastácio lançou alguns sucessos, como O grande eu sou, Deixa comigo, Sou eu e Adorarei.
Eduardo Albarella

Com mais de 60 anos de carreira, a drag queen Miss Biá é histórica na arte do transformismo no Brasil. Com a persona, Albarellla fazia performances em boates e festas e ainda era residente e apresentadora na casa de shows Danger em São Paulo, onde trabalhava em todas as noites de festa.
Dulce Nunes

A cantora e compositora nascida na Zona Sul carioca estreou em 1964 na gravação do musical Pobre menina rica, com canções de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. Dulce, até então, tinha feito pequenos papéis como atriz em cinema e arriscava performances discretas como cantora.
Dulce gravou apenas dois discos solo. Ela participou, também, de vários festivais na segunda metade da década de 1960.
Evaldo Gouveia

Cearense de Orós, no sul do estado nordestino, Gouveia foi alçado ao sucesso ainda na era de ouro do rádio, entre 1940 e 1950. Logo o artista se tornou uma referência da Música Popular Brasileira. Gouveia também foi um dos fundadores do Trio Nagô – em parceria com Mário Alves e Epaminondas Souza.
Entre as composições de sucesso, Gouveia foi regravado por grandes artistas nacionais, como Nelson Gonçalves e Maysa Monjardim.
Daisy Lúcidi

A última participação em novelas na emissora foi em Geração Brasil, em 2014. A primeira foi O homem proibido, em 1967. Também atuou em Supermanoela (1974), Bravo (1975) e O casarão (1976).
Após um período de 30 anos na política, ela voltou a atuar em 2007 em Paraíso tropical. A atriz também fez parte do elenco de Passione (2010) e, em 2013, fez uma participação em Tapas & beijos.
Ciro Pessoa

Em 1983, Ciro Pessoa optou por sair dos Titãs. Rumando novos caminhos, o guitarrista teve inúmeros projetos musicais.
Passou pelo rock gótico com a banda Cabine C, até o pop-rock no último grupo Flying Chair. Compôs músicas tocadas pelo IRA!, teve algumas fases de carreira solo, fez parte da criação da trilha sonora do longa Oceano Atlantis de 1993 e chegou a escrever um álbum de música conceitual infantil ao lado de Branco Mello.
Aldir Blanc

A dupla João Bosco e Aldir Balc também compôs o clássico O bêbado e a equilibrista, interpretada por Elis Regina no álbum Essa mulher, lançado em junho de 1979. A canção se tornou um sucesso durante a luta pela anistia, durante o declínio da ditadura militar no Brasil, sendo chamada de Hino da Anistia, ainda que tenha sido composta antes da aprovação da Lei da Anistia, em agosto de 1979.
As façanhas de Aldir Blanc não se restringiram apenas ao mundo da música. Na literatura, o artista publicou mais de 10 livros, entre eles: Vila Isabel, inventário da infância (2017); Heranças do samba (2004); Uma caixinha de surpresas (2010); e Porta de tinturaria (2017).
Sérgio Sant’Anna

Sérgio Sant'Anna estreou na literatura há mais de 50 anos, com O sobrevivente, livro de contos, gênero do qual ele se tornou um dos expoentes nacionais. O último livro, Anjo noturno, foi lançado em 2017. Além de contos, Sérgio escreveu romances, poesias e também era professor.
David Corrêa

Maior vencedor de sambas-enredo da Portela, o compositor ainda foi autor de sambas em outras agremiações como Mangueira, Salgueiro, Estácio e Imperatriz, além de ser autor de músicas como Mel na boca e Meiguice descarada.
Cantores como Elza Soares, Almir Guineto, Maria Bethânia, Reinaldo e outros muitos gravaram suas canções Na Portela, David venceu as disputas de samba em sete ocasiões: 1973, 1975, 1979, 1980, 1981, 1982 e 2002. Na década de 1970, ainda ajudou a defender o samba na avenida.
Abraham Palatnik
Na juventude, estudou engenharia na Palestina, durante os anos 1930 e 1940, e, mais tarde se mudou para o Rio. Também desenvolveu trabalhos com internos do hospital psiquiátrico do Engenho de Dentro.
Em 1951, na primeira Bienal de São Paulo, ele chamou a atenção com uma tela com formas que se moviam como peixes em um aquário. Ele também integrou o Grupo Frente, com Ivan Serpa, Ferreira Gullar, Mário Pedrosa, Franz Weissmann, Lygia Clark e outros nomes dessa geração. Atualmente o artista tem obras expostas em diversas instituições internacionais, como o MoMA, em Nova York, e o Museum of Fine Arts, em Houston.
Carlos José

Cantor romântico e seresteiro, Carlos José teve muitos sucessos. Entre eles, Esmeralda, que tocou nas rádios de todo o país. Em 2015, lançou sua última produção, Musa das canções, ao lado do irmão, o maestro Luiz Carlos Ramos. Carlos José deixa esposa, dois filhos e dois netos.
Nino Voz

Em seu último post no Instagram, no dia 3 de abril, Nino ainda não havia sido diagnosticado com a doença. Na ocasião, ele afirmou sentir saudades do palco e escreveu palavras de esperança para os seguidores.
Roberto Fernandes

Ele teve passagens pela Rádio São Luís AM, TV Brasil, Rádio Educadora AM e, há 20 anos, comandava o programa Ponto final, na Rádio Mirante AM. Fernandes também atuou como comentarista esportivo do canal SporTV em jogos do Sampaio Corrêa no Campeonato Brasileiro série B.
MC Dumel

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Daniel Azulay
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Azulay era um artista plástico, educador, desenhista e autor de vários livros infantojuvenis. Nascido no Rio de Janeiro em 30 de maio de 1947, formou-se em direito mas ficou famoso por publicar histórias em quadrinho e cartoons em revistas e jornais.
A grande criação do artista foi a Turma do Lambe-Lambe, que repercutiu na linguagem de quadrinhos e ganhou formato televisivo durante 10 anos consecutivos nas redes Bandeirantes e Educativa.
Naomi Munakata

A regente nasceu em Hiroshima, no Japão, em 31 de maio de 1955, e veio para o Brasil aos 2 anos de idade, com a família. Aos 7, começou a cantar no coral dirigido pelo pai, Motoi Munakata. Formou-se em composição e regência na Faculdade de Música do Instituto Musical de São Paulo e continuou os estudos na Universidade de Tóquio.
Martinho Lutero Galati de Oliveira
O maestro, que completou 50 anos de produção musical, criou o Coro Luther King aos 16 anos. Ele também fundou o Coro Cantosospeso em Milão, na Itália.
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