Correio Braziliense
postado em 18/07/2020 04:21
O caso real da jovem Kamiyah Mobley, que aconteceu em 1998 e tomou as manchetes dos Estados Unidos em 2017, recebe uma adaptação cinematográfica. O longa Raptada por minha própria mãe, apresenta a história da menina que foi roubada na maternidade e criada pela mulher que a tirou da própria família (uma história que remete ao Caso Pedrinho). O filme é atração do canal Lifetime e estreia hoje, às 20h30.
O longa é estrelado por Rayven Symone Ferrell no papel de Kamiyah, e Niecy Nash, vivendo Glória Williams, a mulher que sequestrou e criou a menina. Tem direção de Jeffrey W. Byrd e produção da apresentadora Robin Roberts.
Um dos principais focos da produção está na discussão da maternidade: a sequestradora Gloria Williams exerceu o papel de mãe durante toda vida de Kamiyah, enquanto esta nunca conheceu a mãe biológica. “Essa mulher queria um bebê de qualquer forma, queria tanto que decidiu pegar um que não era dela”, afirma Niecy Nash, atriz com extensa carreira em televisão, tendo trabalhado por anos na série de comédia Reno 911 e encontrado uma visibilidade mais recente na minissérie Olhos que condenam, pela qual concorreu ao Emmy de melhor atriz coadjuvante. “As duas mulheres tem falhas, mas as duas amavam as próprias crianças”, expõe Nash em uma comparação entre o trabalho no filme e na série limitada da Netflix.
A história foi uma cobertura de Robin Roberts para uma edição do Good Morning America, programa do qual é apresentadora. Quando ela fechou uma parceria com Lifetime para fazer filmes de casos reais, escolheu esse por ser uma complexa forma de entendimento de relações familiares. “Não há vitoriosos na história, ela é muito poderosa e é de incrível amor. A família biológica a amava, mas nunca teve a chance de conhecê-la, enquanto a família que a sequestrou, no caso Gloria, não tinha ideia, Gloria guardou como segredo”, explica a apresentadora de tevê. “Eu queria entender as camadas, as diferentes formas que as pessoas amam e de onde isso vem”, completa.
A personagem de Gloria Williams ganha a cena pela humanidade e compaixão de como foi interpretada. “É uma performance digna de prêmios” diz Robin Roberts. “É difícil interpretar papéis de pessoas que ainda estão vivas”, pontua Niecy Nash. “Você quer ter certeza que você está ali protegendo a imagem de pessoas viva. Então, é necessário estar muito atenta, muito intencional para fazer tudo da forma certa”, conta a atriz.
*Estagiário sob supervisão de Igor Silveira
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.