Com o amigo e comediante George Burns, o longevo ator Carl Reiner, reconhecido diretor, por toda a vida sustentou a brincadeira de conferir o obituário para tirar o pé da cama,
ao certificar-se de permanecer vivo. Burns morreu, centenário, em 1996, enquanto Reiner morreu, hoje, aos 98 anos, por causas naturais como reportado à revista Variety.
Parceiro do atrevido humor do colega Mel Brooks, com quem dublou personagem do recente Toy Story 4, Reiner foi mais do que o pai dos cineastas Lucas e Rob Reiner. Nascido no Bronx novaiorquino, ele foi um dos grandes vencedores, nos anos de 1960, de prêmios Emmy (dedicado à tevê): levou cinco, como criador do humorístico The Dick Van Dyke Show (estrelado por Dyke, celebrado na telona por personagem de Mary Poppins).
A jornada de sucesso derivou das experiências impulsionadas pela adesão a grupo cômico formado por Sid Caesar.Nos últimos anos de vida, em Beverly Hills (Califórnia), Reiner se tornou, via Twitter, uma voz de confronto ao presidente Donald Trump, tido por ele como "corrupto e desqualificado".
Saiba Mais
Para além das participações, como ator, em filmes como Os russos estão chegando! Os russos estão chegando (1966), Reiner, que esteve em Tiros sob a Broadway (filme de 1994 assinado por
Woody Allen), foi dublador de Family guy. A nova geração deve conhecê-lo da série de filmes Onze homens... (com George Clooney e Brad Pitt) ou ainda das aparições em Two and a half men.
Produtor de entretenimento e ex-veterano da Segunda Guerra, Reiner foi o cineasta que popularizou Steve Martin, à frente dos longas Cliente morto não paga, O médico erótico, O panaca e Um espírito baixou em mim, esse último feito ao lado de Lily Tomlin. No popular Alguém lá em cima gosta de mim, com George Burns, Carl Reiner foi consagrado, em fins dos anos de 1970.