“Acho que a melhor forma de definir esse álbum é dizer que é muito Vitor.” É assim
que Vitor Kley começa o papo com o Correio sobre o mais novo trabalho, A bolha, que
teve as canções lançadas oficialmente em uma
live na quarta-feira (17/6) e chegou às plataformas de streaming na madrugada de hoje.
Essa foi a primeira vez que o artista fez um show inteiro com músicas inéditas antes da
divulgação do álbum.
Com 12 músicas escritas ao longo de quatro anos, o disco é sucessor de
Adrenalizou (2018), álbum que projetou o cantor com o sucesso O sol. Nas faixas, Vitor
Kley passeia por vários gêneros, se inspirando na sonoridade do samba perceptível em Anjo ou
mulher, do rock, que aparece na canção título, e de outros estilos musicais, como
reggae e música eletrônica, sempre com uma pegada pop e positiva, características que o marcam.
“Sempre gostei de tudo um pouco. Nunca soube me definir, nem o tipo de som que eu faço. Esse
disco tem esse significado. Não quero me definir. É realmente uma fusão de coisas que gosto de
ouvir e tocar”, explica.
A bolha foi produzido e dirigido por Rick Bonadio, com participação de Renato Patriarca. Todas as canções são de autoria de Vitor, algumas em parceria. Ele conta que a primeira faixa do disco escrita foi Retina, enquanto as duas últimas foram Anjo ou mulher e Dúvida. Todas elas ao longo de quatro anos, independentemente se ele estava na estrada ou não.
“Costumo escrever em todas as situações. Acho que o gravador no celular veio para salvar a vida dos compositores. Estou sempre assobiando, escrevendo no bloco de notas. Criei esse método. Nunca deixo passar a inspiração”, revela.
Parcerias
O primeiro single do disco foi lançado anteriormente, Jacarandá. Na música, Vitor divide os vocais com Vitão. Também há outra parceria no álbum. O segundo convidado é Jão, com quem dueta em Dúvida. Cada uma das faixas se incorporou das características dos segundos intérpretes.
“Foi muito legal porque somos da mesma safra e geração da música. São pessoas que eu admiro muito humanamente e artisticamente. Eles somaram muito nas canções. Vitão, logo, que eu escrevi Jacarandá sabia que tinha que ter a voz dele ali. Em Dúvida, eu escrevi e levou um tempo. Mas vi que cabia a voz do Jão, com aquele pop sofrido e aquela harmonia e melodia dele”, completa.
Sobre a quarentena, Vitor diz que tem sido um momento de aprendizado e reflexão. “A gente tem que entender que é uma situação complicadíssima. Então, nosso intuito de fazer lives é matar um pouco da saudade dos palcos, levar um pouco de alegria e mensagens para os fãs, além de somar com doações nesse momento complicado”, comenta.
A bolha
De Vitor Kley. Midas Music, 12 faixas. Disponível nas plataformas digitais.