Diversão e Arte

Inovação e apego ao tradicional pontuam nova parceria de Dudu Maia

EP, em pré-lançamento, une tradição e injeta ar contemporâneo e inovador, na parceria entre Dudu Maia e Duo Alvenaria

 
Tradição, contemporaneidade, ritmos regionais e batidas eletrônicas fundem-se no arcabouço de Gibão de LED, o EP com três faixas que Dudu Maia e o Duo Alvenaria lançam nesta sexta-feira (12/06). O projeto resulta da parceria de um músico brasiliense com trabalho reconhecido nacional e internacionalmente e do grupo formado há quatro anos, com referências principais da cultura nordestina. Eles se conheceram há três anos e, desde então, vêm realizando trabalhos juntos.

Quando o multi-instrumentista Ely Janaville e o percussionista Mariano Toniatti procuraram Dudu, em 2018, para ele produzir o CD Assentando o reboco, que marcava a estreia da dupla em disco, o bandolinista estava na expectativa do resultado do Grammy Latino, ao qual concorria com o álbum Rosa dos ventos, gravado com o Trio Brasileiro e a clarinetista e saxofonista israelense Anat Cohen.
 

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“Desde então, estabeleceu-se uma simbiose no processo criativo que nos levou à a cristalização de um desejo do fazer música, para registrar a atmosfera calorosa do encontro”, conta Janaville. A parceria com Dudu Maia, no entendimento de Toniatti, transcende o tempo e o espaço, e promoveu o surgimento das composições Gibão de LED, Córrego do Urubu e Me fala em jangada. Esta última com a participação de Maisa Arantes, cantora e instrumentista ligado aos grupos Chinelo de Couro e Forró do B. “São músicas ao mesmo tempo dançantes e meditativas, na intenção de vislumbramos adiante”, acrescenta.
 
 
 
Gibão de LED
EP com três faixas de Dudu Maia e Duo Alvenaria, além da participação de Maisa Arantes. Produção independente. Disponível nas plataformas digitais.

» Três perguntas// Dudu Maia


Como tem sido a parceria com o Duo Alvenaria?

Estamos sempre em conexão, propondo novos horizontes, trocando ideias e compondo.

As músicas do EP foram criadas a seis mãos?

Juntos, no estúdio Casa da Música, que mantenho próximo à natureza, fomos experimentando sonoridades. Na criação das músicas, houve a participação dos três. Eu toquei violão, baixo, bateria e bandolim, o instrumento que me fez conhecido; o Eli tocou rabeca, viola caipira, flauta e pífano; enquanto Mariano fez a percuteria.

O que vem fazendo artisticamente para ocupar o tempo em meio à pandemia?

Tenho composto e produzido bastante, dando aulas on-line para alunos em diversos países, uma experiência interessante, que tem me ajudado financeiramente; e criei a trilha sonora para o longa-metragem A cisterna, de Cristiano Vieira. São novas possibilidades que geram muita reflexão, questionamentos, próprios de quem tem a arte como ofício.