Diversão e Arte

Daniel Radcliffe critica comentário transfóbico

O artista publicou um texto no portal Trevor Project e pediu desculpas aos fãs de Harry Potter pelas declarações da autora J. K. Rowling

Correio Braziliense
postado em 09/06/2020 12:36

Influente e com fortes opiniões: Daniel Radcliffe cresceu

 

Publicado no site Trevor Project, uma OnG que trabalha em prol dos direitos da comunidade LGBTQIA%2b, o ator Daniel Radcliffe se posicionou a respeito da declaração da escritora J. K. Rowling sobre a população trans.

 

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No texto, o protagonista da saga Harry Potter escreveu que “mulheres trans são mulheres” e que a declaração da autora prejudica a luta desta comunidade. "Qualquer declaração ao contrário apaga a identidade e a dignidade de pessoas transgênero e vai contra todos os conselhos dados por associações profissionais de saúde que têm muito mais experiência no assunto que Jo ou eu”, disse. 

 

 

No tuíte compartilhado em 7 de junho, J. K. Rowling usou o termo “mulheres que menstruam” para satirizar o conceito de mulher. "Pessoas que menstruam": Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude. Wumben? Wimpund? Woomud?", publicou. Os comentários da escritora foram tidos como transfóbicos e, por isso, o ator se posicionou sobre o assunto. 

 

 

No texto, Radcliffe explica que não se trata de uma briga entre os dois e cita dados referentes ao preconceito em relação ao público trans. “Quase 80% das pessoas não-binárias e transgêneras  relatam que foram alvo de discriminação por causa de sua identidade de gênero. Está claro que precisamos fazer mais para apoiar as pessoas transgênero e não-binárias, não invalidar suas identidades, e não causar maior dano”, discursou o ator. 

 

 

Ao fim do texto, o intérprete de Harry Potter ainda se desculpou com os fãs da série de livros e filmes escrita por J. K. Rowlling. “Sinto profundamente pela dor que esses comentários causaram", complementou. 

 

 

"Espero de verdade que vocês não percam totalmente o que foi valioso nessas histórias para vocês. Se esses livros ensinaram que amor é a maior força do universo, capaz de superar qualquer coisa; se eles ensinaram que a força é encontrada na diversidade, e que ideias dogmáticas de pureza levam a opressão de grupos vulneráveis; se vocês acreditam que um personagem em particular é trans, não-binário, ou tem gênero fluido, ou é gay ou bissexual; se você encontrou qualquer coisa nessas histórias que ressoou em você e ajudou em qualquer momento de sua vida — então isso é entre você e o livro que você leu, e isso é sagrado", concluiu Daniel. 

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