A cantora Beyoncé foi uma das escolhidas para discursar para os formandos das universidades norte-americanas na série Class of 2020, lançada no YouTube Originals. Na fala, a artista comentou sobre o movimento Black Lives Matter, o protagonismo de jovens em causas sociais, o sexismo da indústria fonográfica e como estes formandos devem se portar para que, juntos, possam ter um futuro mais próspero.
No discurso, Beyoncé analisou o momento atual como "uma crise global, uma pandemia racial e da expressão mundial de indignação pelo assassinato sem sentido de mais um ser humano negro desarmado”. Por isso, a artista pontuou a importância de lideranças jovens coomo faísca para união do povo para o movimento em nome de justiça e pelo fim do racismo estrutural, citando as mortes de George Floyd, Ahmaud Arbery e Breonna Taylor.
Beyoncé falou ainda sobre o trabalho e a indústria em que está inserida e direcionou esta parte do discurso para as mulheres. Em uma crítica a ausência feminina nas cadeiras mais altas, a diva comentou sobre a falta de oportunidades para mulheres negras, mencionando a chegada dela ao topo da indústria: “Não havia mulheres negras sentadas à mesa. Então eu tive que cortar a madeira e construir minha própria mesa”.
Direcionando para o futuro, a artista, então, pediu que as mulheres se movimentassem para chegar ao poder, enquanto os homens deveriam buscar alterar os padrões e redefinir o que é a masculinidade. Mas que, ambos, devem buscar sempre repeitar as individualidades e a própria personalidade.
“Existem muitas maneiras diferentes de ser brilhante. Acredito que você e todo ser humano nasce com um dom magistral. Não deixe o mundo fazer você sentir que precisa ter uma certa maneira de ser brilhante. Você tem que espalhar seu talento pelo planeta de uma maneira que seja autenticamente você”, encerrou Beyoncé.