Inserida no meio musical desde a infância, quando tocava piano por diversão, Giulia Be, 20 anos, é a voz por trás do hit menina solta, lançado no início de 2019. A gravação do primeiro single viral da artista ocorreu de forma natural. Em um encontro com os amigos, pelo litoral de São Paulo, Giulia teve a ideia de documentar a criação autoral para recordar o momento. “Eu não imaginava que chegaria nisso nunca. Foi muito sincero, muito legal. Foi gravado com todos os meus amigos, sem cachê nem nada, mas deu tudo certo. Foi muito espontâneo”, comentou a cantora.
Giulia, dona de uma voz forte e marcante, mesclou por composições que variam da música romântica ao pop music. Sem se prender a canções cantadas em português, a carioca investiu também na versão espanhol de menina solta, intitulada chiquita suelta. A repercussão da música no cenário internacional foi tanta que a cantora foi, então, convidada a se apresentar na próxima edição do Rock in Rio Lisboa. “Eu acho que essa coisa de o Brasil ter a indústria musical alheia à cultura internacional um absurdo. O Brasil precisa entrar nessa conversa. Por que o artista, por ser daqui, não pode ser global? Temos trabalhos de muita qualidade”, explicou.
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A inspiração para cada canção mostra uma parcela da personalidade da cantora. Em entrevista, ela contou que a proposta do EP é que “tenha um single para cada vibe”. Para ela, o novo trabalho nada mais é que uma “degustação de Giulia”. No âmbito musical, a compositora disse que os maiores estímulos vieram dos artistas favoritos, que marcaram o rock e o pop nos anos 1970. “Cada faixa tinha que ter uma vibe diferente, um estilo diferente, que trouxesse emoções diferentes. Queria que fosse tipo uma montanha-russa, uma música pra cada playlist, de acordo com o humor do público”, disse.
A última faixa do disco, chamada outro e tem apenas 33 segundos de duração. No ponto de vista da cantora, a música é a que mais retrata a vontade dela em atuar em todas as etapas de produção de um single. Mesmo sem ter o hábito de tocar ukelelê, ela utilizou o instrumento para criar uma melodia e, em seguida, preparou um verso para servir de letra. “Eu cantei o que escrevi, depois mixei tudo sozinha. Queria que fosse do início ao fim só Giulia, uma amostra de mim mesma. Sinto que a música é muito especial por ser a última do EP, uma despedida pessoal de agradecimento às pessoas”, finalizou.
A nova produção da artista está disponível em todas as plataformas digitais e conta com os singles recaída, se essa vida fosse um filme, (não) era amor, eu me amo mais, menina solta e outro.
*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel