Diversão e Arte

João Bosco lança álbum 'Abricó-de-macaco' nesta quarta no Canal Brasil

Material traz parte da parceria longeva com Aldir Blanc

Correio Braziliense
postado em 13/05/2020 09:02
João Bosco: músicas inéditas e recriação de sucessos
Há quase 50 anos João Bosco estreava na seara fonográfica, ao gravar num compacto lançado pelo semanário Pasquim, Agnus sei, que inaugurou a longeva parceria com o poeta Aldir Blanc, falecido recentemente. Os dois construíram uma das obras mais representativas da MPB, que, de certa forma, está refletida em Abricó-de-macaco, CD e DVD que o cantor, compositor e violonista mineiro lança, nesta quarta-feira (13/5), às 18h, no programa Faixa musical, do Canal Brasil, com reapresentação quinta e sexta-feira.

Neste novo trabalho, em que é autor de algumas das composições, João assina também a concepção, a direção musical e os arranjos. Das 16 canções do álbum, duas são inéditas: a que dá nome ao projeto e Horda, feitas com o filho Francisco Bosco. As demais, embora sejam regravações, soam com frescor a partir da releitura feita pelo cantor, ao utilizar características marcantes, enquanto intérprete: a divisão rítmica do canto e a sonoridade que extrai do violão.

Saiba Mais

“Uma música que não é inédita, ao ser regravada, pode trazer algo novo. Isso tem a ver com a maneira como o intérprete se expressa. Não é a primeira vez que recrio músicas que componho, ou de outros autores. Quando me vêm ideias posso renová-las”, explicou João ao Correio. Ele cita, entre outras, Mano que zueira (outra parceria com Francisco Bosco), que abre o repertório; Profissionalismo é isso aí, composta com Aldir Blanc; Holofotes, que divide a autoria com Antônio Cícero e Waly Salomão; além de Cabeça de nego, só dele.

Canções


Abricó-de-macaco é um disco que exala brasilidade. João o quis assim, reunir músicas que remetem à cultura popular do país, como Terreiro de Jesus, criou com Francisco Bosco e o compositor baiano Edil Pacheco; Cordeiro de Nanã, com a participação de Mateus Aleluia; Senhora do Amazonas, uma rara parceria com Belchior; Forró em Limoeiro (Edgar Ferreira), imortalizada por Jackson do Pandeiro; e a bossanovista Água de beber, concebida por Tom Jobim e Vinicius de Moraes, no Catetinho, em Brasília.

Pela primeira vez, o canto tem em sua companhia num trabalho, artista de uma outra geração, no caso Alfredo del Penho, João Cavalcanti,Pedro Miranda e Moyseis Marques — cantores que participaram ativamente do processo de revitalização da Lapa. Nos acompanhamentos estão Marcello Gonçalves (violão 7 cordas), Marcelo Caldi (acordeon) e a israelense Anat Cohen (clarineta). “Quis, nesse trabalho, mostrar a riqueza musical e cultural do Brasil, um país social e economicamente tão desigual, mas com uma música e uma cultura rica e pungente”.

Abricó-de-macaco
CD de João Bosco, com 16 faixas e várias participações, parceria do selo MP,B, Som Livre e Canal Brasil. Lançamento hoje no programa Faixa Musical do Canal Brasil.

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