Filha da atriz francesa Micheline Presle e do ator, diretor e produtor americano William Marshall, Tonie iniciou sua carreira como atriz em 1972 em "L'Événement le plus important depuis que l'homme a marché sur la Lune", de Jacques Demy.
Ela passou à direção em 1990 com "Pentimento", antes de uma dúzia de longas-metragens, incluindo "Vénus beauté (institut)", com Nathalie Baye e Audrey Tautou, seu filme mais famoso.
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Em seguida, vieram "Muito Perto do Paraíso", com Catherine Deneuve e William Hurt; "France Boutique", com Karin Viard e François Cluzet; e "A Número Um", com Emmanuelle Devos em 2017, seu último filme.
"Tonie lutou e Tonie acaba de partir. Na vida, como em seus filmes, ela nos comoveu muitas vezes, nos fez sorrir lindamente, ela sempre nos seduziu. Tonie era forte e atenciosa, comprometida e delicada", reagiu no Twitter o presidente do Festival de Cannes, Pierre Lescure.
Para seu antecessor à frente do Festival, Gilles Jacob, "ela era animada, alegre, calorosa, louca por cinema e pela vida. Uma pessoa bela e boa".
Engajada, membro do coletivo 50/50 em favor da igualdade entre homens e mulheres no cinema, a diretora franco-americana participou da iniciativa de usar uma fita branca durante a cerimônia dos prêmios César em 2018 para lutar contra violência contra as mulheres, em associação com a Women's Foundation.
"Estamos muito tristes em saber da morte de Tonie Marshall, uma de nossas primeiras embaixadoras que se comprometeram conosco no #MaintenantOnAgit. Perdemos uma grande dama hoje", reagiu a Women's Foundation.
A secretária de Estado para a Igualdade de Gênero, Marlène Schiappa, também expressou sua "tristeza pelo anúncio da morte da talentosa e generosa Tonie Marshall". Para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, "Tonie Marshall nos deixa com um feminismo íntimo, cáustico e mais relevante do que nunca".