Numa forma super-humana batizada de Bloodshot, o soldado que havia sido morto em combate e, anteriormente, atendia pelo nome de Ray Garrison, é o personagem do astro Vin Diesel, no longa-metragem Bloodshot. A superprodução, que chega às telas sob a direção de David S. F. Wilson, foi criada a partir de uma história em quadrinhos de 1992, assinada por Kevin VanHook e Yvel Guichet. Mas o filme focaliza uma fase de realinhamento das tramas em quadrinhos, realizada em 2012.
Na pele do soldado de elite, Vin Diesel interpreta, a princípio, um personagem que vive como propriedade da corporação RST. Dotada de tecnologia muito avançada, a RST idealiza ver Ray transformado em arma perfeita. Cura instantânea e força descomunal passam a estar associadas ao ex-soldado. Em missões perigosas, e repleto de confusão mental, uma vez que as próprias memórias dele estão sob domínio do exército, Bloodshot, inevitavelmente, arquitetará um plano de vingança, quando toda a farsa de sua existência vem à tona.
Saiba Mais
Produtor de sucessos anteriores de Vin Diesel, entre os quais Velozes e furiosos e xXx, Neal H. Moritz aponta o aspecto orgânico do novo super-herói retratado no cinema como diferencial para Diesel. “Muito do que torna Diesel um ator tão bom e um grande herói de ação está neste nível orgânico”, pontua, no material de divulgação. Entre outros nomes do elenco de Bloodshot, estão Eiza González (Alita: Anjo de combate), Toby Kebbell (Quarteto Fantástico) e Guy Pearce (Amnésia).
Risadas de peso
Também alinhado ao espírito de aventura explorado no cinema, o astro Dave Bautista, de filmes como 007 contra Spectre e Guardiões da Galáxia, retorna aos cinemas. Pela inesperada capacidade de manipulação e pela aguda inteligência, a menina Sophie (papel da atriz Chloe Coleman) é uma das estrelas mais radiantes da comédia Aprendiz de espiã, conduzida por Peter Segal (Agente 86). Do outro lado da perspectiva, sem disposição inicial para o humor, o agente da CIA JJ se mostra um ser endurecido pela vida. Para interpretá-lo, foi escalado Dave Bautista.
Toda a escalada de piadas do filme desponta, dada uma premissa inusitada: destacado para vigiar de perto uma família, JJ é pego de surpresa, na formatação de uma dupla improvável. Sophie desbarata a operação de vigilância e o cerco a seus familiares que moram em apartamento. Pelo silêncio, vai obrigar JJ a entregar técnicas de espionagem e detalhes da vida de disfarces.
Drama e injustiça
Junto com a aproximação do século 20, o momento das celebrações se transformou num verdadeiro inferno para o personagem da vida real retratado no longa-metragem O oficial e o espião, mais recente e polêmico filme do cineasta Roman Polanski. Ressaltando a inocência, o militar Alfred Dreyfus (Louis Garrel) é saudado como escória, e sucumbe à pressão da hierarquia militar, quando passa a ser incriminado por facções do governo francês. Correspondências violadas e adulteradas e métodos rudimentares de espionagem estão em primeiro plano, no enredo em que um coronel chamado Georges Picquart (Jean Dujardin) toma as rédeas para confirmar a suposta inocência do rapaz que, no passado, havia sido seu aluno.
Muito do burburinho em torno do premiado filme de retratação pública de uma personalidade capaz de comover o escritor Émile Zola (André Marcon, na tela), que abraçou a causa dele em fins do século 19, enfrentando retaliação, se deve à controversa figura de Polanski, eternamente associado a um crime sexual em 1977, motivo pelo qual nem mesmo pode pisar os pés nos Estados Unidos, sob pena de prisão imediata.
Banido da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (entidade que havia premiado seu longa antibélico O pianista), Polanski segue criando filmes que apontam para ambiguidade e desafiam conceitos estabelecidos, casos de Baseado em fatos reais, Deus da carnificina e de O escritor fantasma, baseado em obra de Robert Harris, coautor do roteiro de O oficial e o espião. Segredo de Estado, ataques à dignidade, preconceitos a homossexualidade e escalada de intolerância balizam a trama do novo filme.
Lançamentos
Disforia
• De Lucas Cassales. Com Isabela Lima e Vinícius Ferreira. Psicólogo se vê desafiado com o caso de uma menina com quê manipulador.
Doce entardecer na Toscana
• De Jacek Borcuch. Com Krystyna Janda e Kasia Smutniak. Premiada escritora polonesa mora na Toscana, vive um intenso romance secreto e se vê penalizada pela crescente discriminação a estrangeiros.
Liberté
• De Albert Serra. Com Helmut Berger e Marc Susini. Ás vésperas da Revolução Francesa, a Alemanha serve de refúgio para nobres franceses amedrontados pela efervescência política do período.
A maldição do espelho
• De Aleksandr Domogarov Jr. Com Angelina Strechina e Tatyana Kuznetsova. Alunos de internato despertam, de modo inesperado, o fantasma da Rainha de Espadas.
Mulher
• De Yann Arthus-Bertrand e Anastasia Mikova. Temas variados e problemáticas femininas despontam no documentário detido em peculiaridades de mulheres moradoras de 50 países.
Nóis por nóis
• De Aly Muritiba e Jandir Santin. Com Ma Ry e Maicon Douglas. Uma escalada de violência modifica o destino de quarteto de jovens formados num país em desarmonia com suas aspirações.
Solteira quase surtando
• De Caco Souza. Com Mina Nercessian e Leandro Lima. Mulher em permanente stress pela natureza de seu trabalho tenta sanar o que vê como enorme problema: quer o parceiro ideal, a fim de gerar um filho.
Terremoto
• De John Andreas Andersen. Com Kristoffer Joner. População da Noruega vive em permanente medo, ao perceber novos tremores, numa área já abalada por terremoto do passado.